Brasília, segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009 - 7:36
COMBATE À CRISE
CUT convoca dia nacional de luta na quarta, por emprego e salário
Fonte: Portal Mundo do Trabalho
Com a chamada "Querem lucrar com a crise. A classe trabalhadora não vai pagar esta conta", a Central Única dos Trabalhadores (CUT) convocou para, esta quarta-feira (11), um "Dia Nacional de Luta Pelo Emprego e pelo Salário".
Estão previstas mobilizações em diferentes regiões do País. Na cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, haverá passeata e concentração em frente à sede administrativa da Vale do Rio Doce, uma das empresas que atualmente simbolizam o oportunismo de quem lucra muito dinheiro mas, aproveitando do clima de crise, defende demissões e redução de salários.
Em Vitória (ES), vários sindicatos cutistas já começaram na última quinta-feira (5), a panfletar em vários locais da cidade com o Jornal da CUT. A panfletagem segue, diariamente, até o dia 11, preparando a atividade maior.
Em São Paulo, a CUT do estado planeja uma grande panfletagem no dia 11 e um ato para reivindicar que o governo do estado negocie com os trabalhadores ações para superação da crise e reversão das demissões. A CUT vem defendendo que os governos estaduais e municipais entrem no jogo para estimular investimentos produtivos e, portanto, promover emprego e renda.
O presidente da CUT, Artur Henrique, lembrou que todos os setores econômicos e as empresas ganharam muito dinheiro nos últimos anos em que o Brasil manteve crescimento econômico constante e que "o próprio mercado já aposta em crescimento de 4% do PIB em 2008, mesmo com crise. Portanto, é hora de empresários contribuírem. Manter os empregos e os salários é garantir que o mercado continue em expansão".
A CUT avalia que a mobilização será uma resposta firme "à proposta da Fiesp e de alguns empresários que andaram dizendo que os trabalhadores precisavam aceitar redução de salário. É uma proposta burra, indecente porque esconde que, na verdade, o que eles querem é aumentar a exploração e os lucros. Burra porque, com menos dinheiro no bolso do trabalhador, menos consumo e menos crescimento".
Entre as reivindicações apresentadas pelo presidente cutista está a de usar o superávit primário para garantir programas sociais e investimentos em obras que gerem empregos, uma vez que "o Governo Federal mantém mais de R$ 130 bilhões guardados para garantir pagamento da dívida interna, dívida que pertence a 0,04% das famílias brasileiras, ou seja, especuladores iguais aos que criaram a crise internacional"; redução drástica da taxa básica de juros; queda do spread; fim da rotatividade no emprego; liberação do crédito e redução da jornada sem redução de salário.
Artur Henrique também propõe atenção especial aos investimentos públicos: "é essencial que o Governo Federal, por meio do BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) mantenha e até amplie os investimentos em obras que gerem emprego e renda.
Contrapartidas sociais - o Governo precisa exigir que todas as empresas que receberem isenção de impostos ou empréstimo com dinheiro público se comprometam a não demitir, sob pena de punição".
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